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A chama tremulando em intervalos regularesme faz entender que a vela quer se apagarA mesma vela cujo calor costumava me abraçar de um modo tão singular...E parece que sou eu toda feita de ceraalgo derretido, desmanchado, convulcionadoDedos que não sabem onde se agarrarfios que parecem sutis demaisDestino que se turva, ferida que se abreolhos mornos, ou seriam mortos?Dúvidas imperiosas, medo...
Acorde, Alice!Outra vez mergulhada em devaneios?Outro chá a convite do Chapeleiro Maluco?Um pequeno acontecimentocapaz de soltar as engrenagens do mundo!Num instante tenho três metros de alturae a Lebre de Março me conta que são 6 horas da tardeCertos instantes perfeitos que mereceriamuma pausa mais longaUm Gato Que Ri uma, duas, dez mil vezes seguidasda ironia das circunstânciasEnquanto o Coelho Branco,um tanto encardido que se fez seguirdesaparece no horizonteA Lagarta Bill me enerva,pois limita-se a observar a exaustãode cores que se estende diante de mimdo alto de seu gordo cogumelo alucinógenoO jogo começa, mas uma vez que não tem objetivosdefinidos, também não pode ter um fim...