quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Hiperrelatividade


Estou relativamente bem,
Relativamente feliz
(talvez nem tanto, por instantes,
até, relativamente triste)
Relativamente aqui,
embora, relativamente lá
Relativamente trabalhando
mas, também, relativamente nem tanto
Relativamente criativa
e em outros tantos segundos,
relativamente bloqueada
Relativamente comprometida,
se bem que relativamente desimpedida
Relativamente confiante,
ainda que relativamente desconfiada,
Relativamente impaciente
mas, relativamente esperando,
(embora já quase deitada!)
ABSOLUTAMENTE zonza!

sábado, 26 de setembro de 2009

Ansiedade

Esperando as respostas que ainda não vieram
Os sonhos que esqueci de sonhar
O destino que ainda não chegou
A viagem que ainda não fiz
Ceifando impiedosa o que já não serve,
Construindo espaços
Arquitetando o futuro
Mudar, trocar, redimensionar
Sorrir, tremer,
Desejar para ontem
Adormecer com a certeza
de que se concretiza amanhã
e acordar com a dúvida
A dúvida, a dúvida, sempre a dúvida,
Sempre ela, embaralhando meus minutos,
engolindo meu próprio estômago,
jogando com o tempo,
mas, o que sou eu sem ela e ela se mim?
O que é meu mundo na mais perfeita ordem,
de oceanos mansos e respostas sempre iguais?
De qualquer forma eu sei,
eu sei que será imensamente perfeito!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

As marés

Pérola bela que veio à tona
Flutua, pisca um olho,
vira uma cambalhota
Na superfície, sorri
pronta para ser colhida,
sorvida, vivida...
Espuma suave, fruto de
uma onda turbulenta
que rompeu-se tão profundamente
que cuspiu qualquer
resquício do que já não servia
Águas serenas, francas, gentis,
fluindo, fluindo, carícia sem fim...
Dança macia da paz que
banha, que sobe e que desce,
assim como as marés,
mais ou menos intensa,
no entanto, constante...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Rainhas, Princesas, Gatas e Boneca


Para aquele que além de Rainhas,
Princesas e Gatas, também tem a Boneca
Porque a vida que é vida,
que não é mera sobrevivência,
ácida, árida,
cede espaço ao sonho
O sonho não tira,
acrescenta, nutre, alimenta,
enche de vida!
A vida que vale ser vivida,
não faz prender o fôlego,
não induz ao medo, ao receio,
à exclusão da identidade,
à retirada abrupta do tempo,
do chão, da alegria
De que vale a vida nefasta, sombria,
taciturna?
A vida que, de fato, se propõe a ser vida,
em nada se assemelha aos arames que cerceiam,
que estrangulam o amor, massacram almas
O amor precisa de oxigênio, é algo vivo e
como tal, precisa respirar
Se mete-lhe uma cúpula em cima,
não se excluem os riscos,
abafa-o, fenesce...

domingo, 23 de agosto de 2009

Su Siena a Napoli


Una sensazione così brutta che mi stringe il cuore come se le canape del Palio girassero in torno alla mia anima . Forse canape di acciaio, quelle che possono distruggerci in un unico movimento sbagliato. La ferita è aperta altra volta, il mio sangue scivola per tutta parte, le lacrime dolorose scendono per la mia faccia impaurita.

Impaurita, per non essere sicura del prossimo passo, per non sapere se altra volta non giro indietro quando forse, dovevo andare avanti, per non sapere se rimanere nella mia città, nella mia Siena, non sarebbe il meglio per me, perché niente al mondo mi manca più di questo. Con la testa in giro mi domando dove è il mio coraggio, mi domando come sarà ritornare altra volta al Brasile, senza voler ritornare.

Mi occupo con qualcosa senza importanza, scatto qualche bella fotografia, piango un po’, dormo, mi sveglio, mi alzo, penso di essere meglio soltanto per essere un’ altra volta persa nei miei pensieri. Nel mio amore per L’Italia, che per me, adesso sono sicura, finisce a Roma, perché giù, non mi piace per niente. Qualche bel paesaggio, però voglio più, voglio quella vita che si trova più al nord, quella vita di qualità, “la dolce vita”, tranquilla, ancora che non sia facile, perché la vita non è una favola.

Un gatto scatenato in un labirinto, senza trovare l’uscita, perso. Qualche volta penso se non faccio la ragionevole, comunque, sono passionale, penso se non vado contra la mia natura e se questo non è pure una violenza contra me stessa.

Provo a scrivere perché scrivendo, forse, possa capirmi. Cerco di schiarire qualcosa in più, la risposta a tutte queste domande deve venire dell’anima, ma forse, la mia anima stia lontana, forse, è rimasta a Siena e così faccio una preghiera silenziosa per tornare da me…

Napoli, agosto di 2009

Un grande amore

Siena. Terra del nonno, terra delle mie radici. Paese d'amore, d'attaccamento alle tradizioni. Fedele alla sua immagine, tenacemente conservata. Il posto dove mi sento davvero a casa, la terra che ho adottato come mia. La città che mi fa a pezzi ogni volta che me ne devo andare via. Un amore così forte che non riesco a spiegare, perché nemmeno riesco a capirlo.

Il mio nonno, il 1927 ha scelto di lasciare Siena, dove è nato, appena laureato in architettura, per trovare suo fratello in Brasile. Entrambi litigavano troppo con il suo babbo e come qualche giovani, avevano la passione per l'avventura. Il 1957, il mio babbo ha scelto Firenze, la storica rivale di Siena, per studiare anche lui, architettura.

Io, invece, nella prima volta che sono arrivata qua, il 2004, nel mio primo sguardo della Piazza del Campo, ho capito che c'era qualcosa che mi toccava il cuore e l'anima in modo diverso. Qualcosa così forte che non mi lascerebbe più e che mi strapperebbe le lacrime più dolorose in ogni momento di andare via. Lontana da qui, sento come una ferita aperta - Siena rimane nel mio sangue.

Forse per rappresentare la mescolanza perfetta fra tradizioni e modernità. Siena non si arrende al generale appiattimento dei giorni attuali e dimostra a ogni istante, un desiderio smodato dell'estetico, la voglia di privilegiare ad ogni costo, più il bello che l'utile, più artistico del conveniente. Questa città non smette di praticare il culto del suo passato. Comunque, non è una città persa nel tempo, è anche moderna, bellissima, magica, unica.


Andare per Siena offre stupori sempre nuovi. Ogni strada, ogni vicolo è come un invito ad alzare gli occhi, a guardarsi intorno e cercare nelle pietre e nei nomi, pezzi si storia, di arte e di cultura.


Siena, luglio di 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

May be the face I can't forget


Aquela música que você costumava usar para
acompanhar a minha foto
há horas ecoa na minha cabeça
Derruba uma dúzia de certezas
e joga na minha cara a verdade
da qual me escondia
ainda não consegui amar ninguém depois de você
Algumas histórias,
cada qual com uma certa graça,
momentos, risadas e...
só!
Quem pode saber até quando isso vai durar?
Eu que sempre fiz os caminhos
dessa vez me calo,
na incerteza, a imobilidade...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Entrelinhas



Conhece tantos dos meus segredos
e quase sempre sabe ler nas entrelinhas
Decorou páginas e páginas de histórias
e divide comigo alguns roteiros ainda não escritos
Com você não me escondo, me revelo
de você não fujo, me entrego
Com você não jogo,
mas brinco
e divertida te desejo sorte
porque o que quero é viver nesse
teu mundinho radiante

sábado, 21 de março de 2009

Sonhos



Tranquilidade macia, marca sua
Meus pensamentos que se derramam
nas suas mãos, sua boca, seu sorriso
Sou eu juntando palavras e imagens
para revelar o que escondo de você,
que me sabe de cor e do avesso,
São os sonhos que já ousei sonhar
e não te contei...



quarta-feira, 18 de março de 2009

Wonderland


Delírios, desvios, devaneios
ausência absoluta de foco
desejo que desconhece as fraturas do tempo
Sono io che ti voglio una altra volta
embriaguez, embaraços, loucura
Euforia
Abraço que queima na alma
ópio, droga, vício desconhecido que
preciso, quero e pretendo alimentar
Pactos - belos, infantis, ingênuos
fios sutis para te beber aos goles uma vez mais,
para sonhar com um sonho ainda não sonhado

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Você já não podia me ouvir

Em algum momento nós nos perdemos
abrimos distância, tentei te chamar de volta
mas já estávamos tão longe
que você já não me ouvia
Agora eu só quero te dizer
que o amor vai ser para sempre,
ainda que se transforme em qualquer outra coisa,
porque você sempre será um homem
digno da minha admiração
Os momentos incríveis que vivemos
estarão para sempre dentro de uma caixinha de prata,
foram tantos e foram lindos...
foram intensos e talvez os melhores...
e dói, mas vai passar, como sempre passa.